quarta-feira, 13 de julho de 2011

Umberto Eco

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"No livro agora editado em Portugal, e cuja acção decorre no final do século XIX, cria Eco uma figura sui generis, Simone Simonini, falsário e espião, protagonista das mais variadas e inverosímeis façanhas, que permite ao autor discorrer sobre a sociedade contemporânea com a distância de um século e criticá-la com uma ironia feroz . Não perde Eco a oportunidade de jogar com os nomes das personagens e das pessoas reais. Recordemos o célebre monge cego de O Nome da Rosa, apelidado por Eco de Jorge de Burgos e que não era mais do que uma caricatura um pouco maldosa do célebre escritor, também cego, Jorge Luís Borges. Como agora o dr. Froïde é Freud.

Simonini, espião a tempo inteiro, navega entre o Piemonte, a Sicília e a França, intrigando, falsificando, assassinando e registando, finalmente, no seu diário as aventuras da sua existência e das do seu duplo, o abade Dalla Piccola,

O protagonista, influenciado pelas ideias de seu avô, é um feroz adversário dos jesuítas (um houve que o assediou quando era jovem, mas isto não passa de um pormenor), dos maçons e dos membros de todas as sociedades secretas e, muito especialmente, dos judeus. Aliás, a obra poderia passar por um requisitório anti-semítico, tais as acusações de que são objecto os filhos de Israel, mas Eco afirma que apenas pretendeu "dar um soco no estômago do leitor", ao criar a personagem repugnante e cínica por excelência de Simonini. Nem todos são dessa opinião, a começar pelo escritor e jornalista francês (e judeu) Pierre Assouline, que no seu blogue "La république des livres" acusa Umberto Eco de se entregar a um jogo ambíguo.

Para lá das peripécias políticas, militares, jurídicas, amorosas e j'en passe do livro, o cerne da obra é a invenção por Simonini de uma reunião secreta que teria tido lugar em 1800 no cemitério (judaico) de Praga, onde 13 rabinos teriam conspirado para dominar o mundo, em torno da tumba do rabino Simeão Ben-Yehuda, e a que ele chamou "protocolos praguenses".."


via
http://domedioorienteeafins.blogspot.com/2011/05/o-cemiterio-de-praga.html

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