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We discuss Andre Geim and Konstantin Novoselov's winning of the 2010 Nobel Prize in physics from work on graphene. More physics at
"Nuno Peres fez a aposta na sexta-feira e ontem acabou por ganhar um jantar ao colega do departamento de Física da Universidade do Minho. Tinha a certeza que a distinção dos jovens pais do grafeno, para aquilo que é a tradição do Comité Nobel, estava para breve. Andre Geim, 51 anos, e Konstantin Novoselov, 36, dois físicos soviéticos sedeados na Universidade de Manchester, foram distinguidos com o Nobel da Física 2010 pela descoberta deste material há séculos à distância da simples curiosidade científica, mas que só foi descodificado em 2004.
Parece uma coisa primária, tendo em conta que a grafite, a forma bruta deste material, existe em qualquer lápis. Antes dos trabalhos pioneiros destes dois cientistas, publicados em Outubro de 2004, não se sabia que o grafeno podia ser reduzido a uma camada com a espessura de um átomo, que hoje permite a gigantes como a Samsung pensar em novos ecrãs tácteis para telemóveis e computadores, bem como muitas aplicações na biomedicina ou no controlo de atmosferas perigosas.
A física portuguesa entra na equação pela mão de Nuno Peres, 42 anos, investigador da Universidade do Minho. O físico conta ao i que em 2004, quando saiu a descoberta assinada por Geim e Novoselov, estava a gozar uma licença sabática em Boston. "Percebemos que ia ser uma área importante no futuro, o que nos deu um grande avanço." Sendo da ala teórica da física, regressou ao Minho, onde começou a trabalhar em projecções teóricas sobre a transparência deste material, um condutor eléctrico flexível cobiçado hoje por sectores como a informática: o transístor mais rápido do mundo foi desenvolvido com grafeno pela IBM em Nova Iorque, mas as suas propriedades são também apelativas para a indústria fotovoltaica ou para sistemas de segurança nos aeroportos, onde a utilização deste material permite dispensar dispositivos com radiações de energia elevada. Quando Geim precisou de físicos teóricos para analisar os dados recolhidos nas suas experiências com camadas de grafeno, que começaram com um passo tão elementar como esfoliar a ponta de um lápis de carvão com uma folha adesiva, veio bater à porta da Universidade do Minho. "Havia outros disponíveis, mas nós já tínhamos experiência", resume Nuno Peres.
Da colaboração com Manchester saíram artigos publicados na "Science" nos últimos três anos, o último, um dos mais citados, em 2009. "É muito gratificante ter investigação com os laureados", diz Nuno Peres, que ontem não conseguiu falar com Geim. "Quando se ganha um Nobel o número de amigos multiplica-se por dez. Ele deve ter-se refugiado em algum lado."
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